Brasil adia decisão sobre retaliação comercial

O governo brasileiro adiou, no dia 27, a reunião que decidiria sobre uma possível retaliação comercial aos EUA pelo descumprimento do acordo do algodão. O encontro da Câmara de Comércio Exterior (Camex) foi remarcado para o dia 10 de dezembro. Segundo fontes em Brasília, o adiamento se deve à dificuldade de conciliar a agenda dos ministros que formam o Conselho do órgão. A expectativa era que a Camex decidisse retaliar os EUA depois que o país interrompeu, em setembro, o pagamento de compensações ao Instituto Brasileiro do Algodão, alegando restrições orçamentárias. O Brasil, que havia sido autorizado pela OMC a retaliar os EUA após vencer um caso contra subsídios concedidos pelo país a produtores domésticos de algodão, optou por firmar um acordo provisório com Washington em 2010. Segundo o arranjo, os EUA se comprometeram a pagar US$ 12,25 milhões mensais ao Instituto. A suspensão dos pagamentos viola o acordo que deveria ser mantido até a alteração da legislação agrícola que estabelece os subsídios. Apesar de tentativas do Congresso dos EUA, a renovação da lei tem enfrentando dificuldades nos últimos dois anos. Associações empresariais dos dois países têm pressionado a Casa Branca pela retomada dos pagamentos na tentativa de evitar a retaliação. O presidente da Câmara de Comércio dos EUA enviou, no dia 21, carta à Casa Branca, pedindo o fim da suspensão. Segundo a Câmara, o governo brasileiro está preparando uma lista de produtos e setores que serão alvo de retaliação por aumento de impostos e outras medidas como quebra de patentes.

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