EUA vinculam posição chinesa em serviços ao ITA

O Escritório do Representante Comercial dos EUA vinculou a posição chinesa em negociações sobre serviços à postura do país em tecnologia da informação. Michael Froman, o representante comercial, afirmou que levará em conta a posição da China no acordo de Tecnologia da Informação (ITA, na sigla em inglês) ao avaliar seu pedido para ingressar em conversas plurilaterais sobre serviços. A declaração foi feita durante entrevista realizada no dia 29. O Acordo sobre Comércio de Serviços (TISA, na sigla em inglês) foi lançado pelos EUA, em 2012, como alternativa ao impasse nas negociações multilaterais da Rodada Doha. A iniciativa tem o objetivo de atualizar as regras no segmento que movimentou US$ 4 trilhões no ano passado. Em outubro, Pequim solicitou a entrada no TISA. Segundo Froman, o pedido não reflete a postura chinesa na área de tecnologia da informação. As negociações do ITA, opcional no âmbito da OMC, foram suspensas em julho após a China apresentar uma longa lista de produtos tecnológicos que desejava proteger. A posição chinesa frustrou as expectativas de EUA e União Europeia, que temem a repetição da estratégia chinesa no setor de serviços. O interesse da China no TISA, que já foi criticado pelo país por ter um impacto negativo para o multilateralismo comercial, representa uma reversão da estratégia de favorecer a OMC como fórum de negociação. Frustrados pela paralisia na organização, onde a influência chinesa é crescente, os EUA têm investido em acordos regionais e plurilaterais. Como a China pouco participa dessas iniciativas, analistas enxergam uma estratégia de Washington para conter ou excluir seu rival econômico.

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