Brasil e Alemanha propõem norma contra espionagem da NSA

A Alemanha se aliou ao Brasil contra a espionagem feita pelos EUA através da Agência de Inteligência Nacional (NSA, na sigla em inglês). As delegações brasileira e alemã na ONU começaram a elaborar uma proposta, no dia 25, pedindo o fim da vigilância ilegal. Caso aprovada na Assembleia Geral, a resolução condenaria a ação externa da NSA e pediria a ampliação do Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos no que diz respeito a atividades na Internet. A informação de que os EUA observam grande parte da comunicação global foi vazada pela primeira vez, em junho, por um ex-funcionário terceirizado da NSA. Em setembro, a presidente brasileira Dilma Roussef reagiu com indignação quando soube que ela e a Petrobrás tinham sido alvos. Na semana passada, foi a vez de a chanceler alemã Angela Merkel cobrar uma explicação do presidente Barack Obama ao saber que cidadãos alemães e ela própria tiveram a privacidade violada. Merkel disse que as relações com os EUA ficaram severamente abaladas. A Casa Branca disse que a denúncia é falsa, afirmação que foi desmentida pela mídia na Alemanha. Segundo o jornal Bild am Sonntag, um alto funcionário da NSA afirmou que Obama não apenas sabia que Merkel era espionada, como ordenou que a vigilância continuasse. Há duas semanas, o presidente francês François Hollande também exigiu resposta sobre suposta espionagem na França. Como retaliação aos EUA, outros líderes europeus sugeriram suspender as negociações do TTIP. O acordo de livre comércio entre UE e EUA, que englobará aproximadamente 50% do comércio internacional, é uma importante meta da política comercial de Obama.

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