Relação Arábia Saudita-EUA mostra sinais de desgaste

O secretário de Estado John Kerry se reuniu com o ministro das Relações Exteriores saudita, príncipe Saud al-Faisal , para apaziguar problemas na relação EUA-Arábia Saudita. O encontro foi em Paris, no dia 21, na véspera de novas discussões internacionais sobre a crise na Síria. O país árabe discorda da atual política externa do governo Obama para o Oriente Médio. A tensão começou em 2011, quando os EUA criticaram o Bahrein por reprimir protestos populares. A Arábia Saudita também desaprova a decisão da Casa Branca de não invadir a Síria. Na semana passada, o governo saudita rejeitou um assento rotativo no Conselho de Segurança (CS), posto ao qual aspirava há dois anos. O gesto, inédito na história da ONU, foi atribuído ao fracasso da organização na Síria. Outro ponto de atrito é a falta de apoio de Washington ao governo provisório do Egito, cujo golpe recente teve suporte da monarquia saudita. Para muitos analistas, a aproximação diplomática dos EUA com o Irã foi o fator mais grave. Os sauditas temem que os EUA façam concessões que levem à continuidade do programa nuclear iraniano. Teerã e Riad, respectivamente xiita e sunita, disputam a influência regional no Oriente Médio e divergem nas políticas da OPEP. Também no dia 21, o chefe da inteligência, príncipe Bandar bin Sultan, teria dito que a Arábia Saudita considera rever a cooperação regional com os EUA. Segundo ele, a rejeição à vaga no CS foi uma mensagem ao aliado, e não à ONU. Os dois países cooperam há décadas e mantêm interesses comuns que envolvem segurança e petróleo.

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