Energia e Meio Ambiente

Usina de reprocessamento no Japão preocupa o governo Obama

A administração Obama se opõe à ativação, prevista para outubro, da usina de processamento japonesa de Rokkasho. Construída na província de Aomori, a instalação terá capacidade para produzir nove toneladas anuais de plutônio através do reprocessamento de resíduos nucleares. Os EUA se preocupam com o volume do material armazenado, já que não há demanda suficiente pelo combustível nas usinas do país. Após o acidente na usina de Fukushima, em 2011, o Japão desativou a maioria de seus reatores nucleares, e os que restam em operação são alimentados por urânio. Apesar de o primeiro ministro Shinzō Abe ter sinalizado que pretende reativar as usinas que atenderem a padrões de segurança, a administração Obama se preocupa com o impacto da decisão. Washington teme que a iniciativa estimule uma corrida por tecnologia e armas nucleares na Ásia e no Oriente Médio. Embora Tóquio afirme que o material será usado apenas para geração de eletricidade, Rokkasho daria ao país combustível para cerca de 2 mil bombas, o que deve gerar reações em países da região. A Coreia do Sul já pressiona pela revisão de um acordo com os EUA que a impede de enriquecer urânio e reprocessar material usado. Seul demanda as mesmas condições do Japão, e afirma que a técnica facilitaria o armazenamento de resíduos e o abastecimento de usinas. A China também anunciou, no início do mês, a construção de uma usina com capacidade equivalente a de Rokkasho. Especialistas acham que Pequim deverá responder ao aumento da capacidade japonesa de produzir matéria-prima para armamentos.

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