Japão e EUA fazem revisão histórica de acordo de defesa

Japão e EUA decidiram, no dia 3, revisar o acordo de cooperação em defesa. As negociações envolveram os secretários de Estado e Defesa, respectivamente John Kerry e Chuck Hagel, e suas contrapartes japonesas, Fumio Kishida e Itsunori Onodera. O acerto é histórico porque permite que o Japão realize operações de ataque. Desde1951, um arranjo entre os dois países limitava as capacidades militares japonesas a operações de autodefesa. Os dois aliados também vão aumentar a parceria através do uso de aviões não tripulados e aeronaves de vigilância dos EUA pela primeira vez em solo japonês. Outra medida definida é a construção de um sistema de mísseis antibalístico no Japão. Um ponto de tensão solucionado foi a transferência de militares dos EUA da base japonesa de Okinawa. O Japão pagará US$ 3,1 bilhões dos quase US$ 9 bilhões necessários para fechar a base e transferir cerca de 9 mil militares para Guam e Havaí, territórios dos EUA no Pacífico. A realocação era uma exigência da população local em Okinawa, mas sofria enorme resistência do Pentágono. Modernizar os termos da cooperação mútua condiz com o pivot asiático, estratégia anuncia pelo presidente Barack Obama em 2011. Esta política redireciona o foco estratégico dos EUA para a região asiática em função da ascensão chinesa. O plano requer a aproximação militar e econômica com nações no entorno e, principalmente, o fortalecimento das capacidades de defesa de aliados. A revisão do tratado deve gerar desconfiança na China e aumentar as tensões regionais sobre disputas territoriais entre Pequim e Tóquio, e quanto à questão norte-coreana.

 

Realização:
Apoio:

Conheça o projeto OPEU

O OPEU é um portal de notícias e um banco de dados dedicado ao acompanhamento da política doméstica e internacional dos EUA.

Ler mais