Republicanos cortam US$ 40 bilhões de programa alimentar

A Câmara aprovou, no dia 19, projeto de lei que prevê uma redução de US$ 40 bilhões no orçamento do Programa de Nutrição Suplementar (SNAP, na sigla em inglês) em dez anos. Apesar da oposição democrata e da ameaça de veto, a aprovação ocorreu por 217 votos a 210. Além dos cortes, a lei cancela o direito dos estados de estabelecer exceções para que adultos com até 50 anos e sem filhos tenham que trabalhar ou participar de cursos de capacitação para receber o benefício. A proposta também põe fim à concessão automática do auxílio aos cadastrados em outros programas sociais e permite que estados peçam exames para detectar o uso de drogas por beneficiários. Segundo republicanos, o objetivo da reforma é evitar abusos. As solicitações ao programa, que é o maior do país, cresceram nos últimos anos, atingindo cerca de 47 milhões. Democratas criticam a decisão, alegando que 4 milhões de pessoas serão afetadas já em 2014. Segundo senadores, os altos cortes propostos pela Câmara dificultam a harmonização da lei com a versão aprovada no Senado, que prevê uma redução de US$ 4,5 bilhões. Em junho, disputas quanto ao SNAP impediram a passagem da nova Farm Bill na Câmara. A Casa rejeitou o projeto da lei agrícola porque republicanos conservadores exigiam maiores reduções no programa. A saída da liderança da Câmara foi aprovar a Farm Bill sem menção ao SNAP e deixar para votar a questão separadamente agora. A falta de consenso entre democratas e republicanos ameaça a renovação das políticas agrícolas do país e milhões de pessoas que deixarão de receber auxílio alimentar.

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