A líder da minoria na Câmara, Nancy Pelosi (D-CA), afirmou, no dia 5, que considera improvável a aprovação de uma nova Farm Bill até 1o. de outubro. A legislação, que define programas agrícolas e de auxílio à alimentação, deve ser renovada pelo Congresso antes que a lei vigente expire no fim do mês. O Programa de Nutrição Suplementar (SNAP, na sigla em inglês), que beneficia cerca de 45 milhões de pessoas, é o principal ponto de divergência entre os partidos. Em junho, o Senado aprovara a renovação da lei com cortes de US$ 4 bilhões no programa. No mesmo mês, a Câmara rejeitou projeto de lei que continha cerca de US$ 20 bilhões em cortes no SNAP. A derrota deveu-se à ala mais conservadora do Partido Republicano, que exige reduções ainda maiores. A solução encontrada pela liderança da Câmara foi aprovar uma versão da Farm Bill sem nenhuma menção ao programa alimentar. Na última semana, representantes republicanos voltaram ao tema oferecendo uma proposta de cortes de US$ 40 bilhões no SNAP. Republicanos afirmam que o objetivo dos cortes é assegurar que apenas aqueles que mais precisam do benefício recebam-no. Além disso, os representantes querem incluir novas condições para a concessão do auxílio, como testes de drogas em beneficiários. Segundo Pelosi, as demandas republicanas inviabilizariam qualquer chance de harmonização entre os projetos de Câmara e Senado. A democrata pediu que a liderança republicana enviasse a proposta aprovada em julho, sem dispositivos sobre o SNAP, para conciliação junto ao Senado.