Congresso terá de autorizar ataque à Síria

O presidente Barack Obama anunciou, no dia 31, que buscará autorização do Congresso para uma ação militar na Síria. A medida seria um represália ao regime de Bashar al-Assad pela utilização de armas químicas contra civis nos subúrbios de Damasco. Apesar de inspetores da ONU ainda não terem divulgado os resultados da investigação sobre o ocorrido, a administração afirma ter evidências e justificativas legais para o ataque. A prova central seria a interceptação de uma ligação telefônica em que militares sírios sugeririam que o alcance das armas químicas teria sido maior que o esperado. No mesmo dia, o secretário de Estado John Kerry fez um discurso enfatizando a necessidade da intervenção. O ataque planejado seria feito com mísseis de cruzeiro limitados a alvos militares sírios, tentando eliminar a capacidade de Assad de utilizar armas químicas. O objetivo não seria a deposição do regime ou o fim da guerra civil, mas apenas uma resposta pela violação de tratados internacionais que proíbem o uso de armas químicas. No entanto, os EUA não têm recebido apoio internacional. No Reino Unido, seu aliado tradicional, o Parlamento votou contra a participação em um ataque militar. Nas Nações Unidas, Rússia e China bloqueiam decisões do Conselho de Segurança. A França foi o único país aliado que mostrou apoio aos EUA, desde que comprovada a utilização de armas químicas. Os congressistas devem abordar a questão em 9 de setembro, quando retornam de suas férias de verão. A votação no Congresso promete ser difícil. Enquanto boa parte dos membros elogiou a decisão de Obama de pedir autorização, o apoio ao ataque ainda é incerto.

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