Energia e Meio Ambiente

FED estuda proibir bancos de negociar commodities físicas

O Fed anunciou, no dia 19, que pode suspender a permissão concedida a instituições financeiras para comercializar commodities físicas, inclusive de energia. O objetivo é evitar que o comércio de ativos tangíveis pelos bancos leve à manipulação de mercado e dificulte a supervisão do sistema financeiro. Tradicionalmente, as leis nos EUA permitem que bancos negociem contratos futuros de commodities, que são papéis com alto risco de investimento. O Citigroup recebeu autorização, em 2003, para expandir sua atuação para outras atividades, como compra e venda de petróleo e gás, e a propriedade de usinas elétricas. A concessão se baseou na ideia de que o comércio de bens e serviços de energia daria ao banco mais conhecimento sobre o segmento, facilitando as operações financeiras ligadas a tais produtos. Em 2008, a permissão foi estendida a outras instituições bancárias, como JPMorgan Chase, Barklays e Goldman Sachs. Críticos alegam que a presença dos bancos na cadeia de produção e distribuição de commodities prejudica a separação entre comércio e finanças. A pressão para o fim da permissão vem de associações de consumidores e de setores industriais. No dia 23, o Senado realizou uma audiência para avaliar se a situação causa disfunção no mercado, já que algumas instituições são acusadas de manipular preços ou reduzir a oferta para aumentar as receitas comerciais e financeiras. O senador Sherrod Brown (D-OH), que conduziu a audiência, disse que pretende chamar autoridades do Tesouro para depor em setembro. Brown considera a situação grave e atribui o problema à falta de transparência sobre regulações do Fed.

 

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