CEO da Apple fala ao Senado sobre transferência de lucros

O CEO da Apple, Tim Cook, prestará depoimento no Subcomitê Permanente de Investigações do Senado, no próximo dia 21. A audiência pública terá como tema a transferência de lucros a outros países para evitar impostos nos EUA. O senador Carl Levin (D-MI), que preside subcomitê, criticou publicamente executivos de outras empresas de tecnologia, como Microsoft e HP, em sessões anteriores pelas mesmas práticas. Um relatório do JP Morgan estima que empresas dos EUA possuam US$ 1,7 trilhão no exterior. Segundo dados da própria Apple, a empresa teria US$ 145 bilhões disponíveis em caixa, mas apenas US$ 45 bilhões mantidos em bancos nos EUA. No mês passado, a empresa teria captado US$ 17 bilhões no mercado para pagar dividendos a seus acionistas. A manobra foi entendida como uma maneira de evitar recolhimento de impostos nos EUA. Por outro lado, Cook já declarou que pretende apresentar propostas de simplificação da legislação fiscal. O CEO afirmou que defenderá medidas específicas para encorajar companhias a trazer recursos de volta para os EUA, e investir na criação de empregos e em pesquisa e desenvolvimento. Cook alega que empresas pagam até 35% de impostos na repatriação de capital. As taxas são impraticáveis quando comparadas a outros países. Cook não pede por uma isenção completa, mas por uma taxação moderada. Nos últimos meses, a Apple anunciou a transferência de parte de sua produção para o país. Em um projeto de US$ 100 bilhões, componentes serão produzidos no Arizona e computadores Mac serão montados no Texas. Segundo Cook, a previsão é de que a Apple recolha US$ 7 bilhões em impostos nos EUA em 2013.

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