O presidente Barack Obama reconheceu oficialmente, no dia 11, a principal coalizão opositora como representante legítimo da Síria. A declaração foi feita às vésperas de um encontro com líderes da organização e de outros países, no Marrocos. Segundo Obama, a Coalizão Nacional Síria da Oposição e das Forças Revolucionárias foi reconhecida por ter se tornado suficientemente inclusiva, ao contrário do regime Assad. A Casa Branca espera que o grupo, formado em setembro com o apoio dos EUA e do Catar, crie um plano de transição para o país e forneça serviços públicos nas áreas controladas pelos rebeldes. Washington vinha utilizando a oferta de reconhecimento para pressionar pela unificação das diferentes forças da oposição, que incluem exilados, minorias religiosas e parte dos grupos armados que combatem o governo. No mesmo dia, os EUA classificaram a milícia síria Frente Nusra como uma organização terrorista afiliada à Al-Qaeda do Iraque. Os recentes ganhos dos rebeldes e a crescente influência de grupos islâmicos radicais no conflito aceleraram a decisão. Analistas afirmam que o reconhecimento não é suficiente para reverter o ressentimento de militantes sírios pela recusa dos EUA em fornecer auxílio direto. Além disso, especialistas questionam a real força dos vínculos da coalizão com os grupos armados atuantes no país. A Rússia, um ator importante para a resolução do conflito, disse que o reconhecimento prejudica as iniciativas multilaterais conduzidas pela ONU.