Energia e Meio Ambiente

Gás de xisto nos EUA deve elevar emissões globais de carbono

O aumento do consumo de gás de xisto nos EUA não deve favorecer a redução das emissões globais de carbono. A informação foi divulgada pela consultoria britânica Tyndall Manchester. Em relatório publicado no dia 29, a empresa questiona conclusões anteriores sobre os benefícios para o mundo decorrentes da abundante produção desse tipo de gás nos EUA. O país possui uma das maiores reservas mundiais de carvão e o mineral ainda é sua principal fonte de eletricidade. Dados da Energy Information Administration indicam que quase 50% da energia elétrica nos EUA ainda é gerada a carvão, mas esse percentual deverá cair para 39% em 2035. A esperada redução se deve ao uso de técnicas como a fratura hidraúlica, que permitem a exploração do gás de xisto a custo muito baixo. A Tyndall Manchester reconhece que o menor uso de carvão nos EUA já apresenta impacto positivo nas emissões do país. Em contrapartida, o volume de carvão exportado dos EUA para Europa e Ásia aumentará, contribuindo para a elevação das emissões de CO2 nessas regiões. Segundo a Agência Internacional de Energia, a exportação de carvão cresceu 200% durante a administração Obama. Ainda de acordo com a agência, a demanda mundial pelo carvão deve dobrar até 2035. As conclusões do estudo contrariam os entusiastas da fratura hidraúlica. Os defensores do método alegam que, como o gás natural é relativamente menos poluente do que o carvão, seu estímulo nos EUA seria mundialmente benéfico. John Broderick, principal autor do relatório, alerta para a necessidade de um esforço coletivo das nações contra o aquecimento global.

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