Propostas de Romney para América Latina são improváveis

Ao longo de sua campanha à presidência, Mitt Romney tem enfatizado que pretende aumentar as relações comercias dos EUA. As pretensões do republicano envolvem principalmente novos acordos de livre-comércio na América Latina. Entretanto, especialistas apontam que seus planos poderão encontrar algumas dificuldades. Parte dos obstáculos decorre do fato de que são poucas as economias latino-americanas relevantes com as quais os EUA não possuem acordos. Nas últimas duas décadas, os EUA realizaram grandes progressos em acordos bilaterais com Chile, Peru, Colômbia e Panamá, além do NAFTA e do CAFTA (Acordo de Livre-Comércio da América Central e República Dominicana). Os países restantes da região latina, como Belize, Guiana e Suriname, são insignificantes para a economia dos EUA. Já os grandes atores da região, como Brasil e Argentina, não estariam dispostos a novas negociações comerciais. A relutância do Brasil deriva de sua percepção de potência mundial emergente e independente. A ideia de liberalização do comércio arrefeceu no país e, assim como na Argentina, novas barreiras comerciais foram erguidas. Outro impasse que Romney encontraria é o fato de que muitos dos países da região fazem parte do Mercosul, que apenas negocia acordos comerciais com terceiros em bloco. Buscar um acordo com o Mercosul seria politicamente controverso, principalmente pelo fato de a Venezuela ser membro do grupo. Carl Meacham, assessor sênior do senador Richard Lugar (R-IN) no Comitê de Relações Exteriores do Senado, afirma que os objetivos de Romney para a região ainda precisam ser esclarecidos.

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