Pentágono e CIA planejam combate antiterror na Líbia

O Pentágono encarregou o Comando Conjunto de Operações Especiais de coletar informações para possíveis operações na Líbia. Funcionários do Comando disseram, em condição de anonimato no dia 2, que o grupo vai atuar com a CIA nas investigações sobre os suspeitos de atacar o consulado dos EUA em Benghazi. Drones capazes de interceptar dados e coletar imagens já estão operando na Líbia. Além disso, agentes da CIA foram enviados ao país para reunir inteligência sobre milícias locais e braços da Al-Qaeda na África. Apurações iniciais apontam a milícia líbia Ansar al-Sharia como responsável pelo atentado de setembro. Autoridades líbias, que também suspeitam do grupo, acreditam que apenas militantes locais planejaram a ofensiva. Ligações interceptadas pela CIA, no entanto, indicam que a Ansar al-Sharia tem vínculos com a Al-Qaeda do Magreb, organização extremista sediada na Argélia. Após a queda da ditadura de Muammar al-Gaddafi, a segurança do país vem dependendo de grupos armados que combateram o regime. Para Washington, a interferência dos EUA na segurança líbia seria necessária em função da fragilidade do governo em Trípoli. Apesar da incerteza sobre o papel da Al-Qaeda no ataque, oficiais dos EUA defendem o início das ações para prevenir ameaças na região. Segundo analistas, a instabilidade pós-Gaddafi pode facilitar a atuação de grupos extremistas. Tal percepção faria do país um foco novo do combate ao terrorismo. A administração Obama alega que vai realizar missões conjuntas com os líbios. O objetivo seria evitar incursões unilaterais para prevenir reações anti-EUA, como no Paquistão.

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