Discurso de Obama na ONU enfoca mundo islâmico

O discurso do presidente Barack Obama nas Nações Unidas, no dia 25, foi direcionado ao mundo islâmico. A fala abordou temas de segurança, como o programa nuclear iraniano, a questão israelense-palestina e o conflito na Síria. Maior ênfase, porém, foi colocada na defesa de princípios democráticos, como a liberdade de expressão e os direitos civis. Segundo Obama, os ideais que orientaram a fundação da ONU são o caminho para a solução pacífica de divergências entre as nações. O presidente sugeriu que todos os governos devem conter atos de extremismo e violência, e ressaltou que os EUA não pretendem interferir nos processos de transição democrática no mundo. Muitos analistas interpretaram as palavras como uma mensagem para as recém-eleitas lideranças no Oriente Médio, particularmente para o presidente egípcio Mohammed Morsi. No dia anterior, Morsi havia criticado a atuação dos EUA no Oriente Médio em uma entrevista ao jornal The New York Times. O egípcio relembrou que décadas de apoio a regimes ditatoriais e a Israel teriam alimentado sentimentos anti-EUA na região. Apesar de bem recebido pela imprensa, houve quem achasse o discurso incoerente por defender a liberdade de expressão ao mesmo tempo em que condena o vídeo “A Inocência dos Muçulmanos”. A produção californiana, considerada ofensiva pelos muçulmanos, motivou as recentes manifestações anti-EUA no mundo e o ataque fatal a diplomatas do país na Líbia. Tal cenário explosivo de intolerância religiosa explicaria o discurso menos voltado para o eleitorado, mesmo às vésperas das eleições presidenciais nos EUA.

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