Estrategistas republicanos criticam turnê externa de Romney

O candidato republicano à presidência, Mitt Romney, viajou para Grã-Bretanha, Polônia e Israel na semana passada. O objetivo foi divulgar sua visão de política externa, possivelmente para aplacar críticas sobre seu baixo conhecimento sobre o tema. Contudo, estrategistas republicanos consideraram a turnê desastrosa. As declarações de Romney em Israel foram particularmente polêmicas. Em Jerusalém, no dia 29, o republicano disse que os EUA não deveriam adotar contenção em relação ao Irã. A fala seria uma crítica velada ao presidente Barack Obama, que defende a interrupção do programa nuclear iraniano no estágio atual. Segundo Romney, impedir que o país persa tenha qualquer nível de capacitação nuclear deveria ser prioridade de segurança nacional. O candidato também defendeu o direito de Israel realizar um ataque de preempção, caso veja o programa nuclear em Teerã como ameaça à sua segurança. A maior gafe foi dizer que Jerusalém deveria ser a capital de Israel, para onde Romney transferiria a embaixada. Nenhum presidente dos EUA jamais se posicionou a respeito dessa questão sensível para palestinos e israelenses, que consideram a cidade sua terra sagrada. Outra controvérsia foi insinuar que a cultura palestina seria inferior à israelense. Analistas veem nas declarações uma tentativa de conquistar votos da comunidade judaica nos EUA e impressionar grandes doadores entre esse grupo. Uma pesquisa recente, no entanto, indicou que 1% da população vê política externa como relevante na escolha para presidente em 2012. Mais de 50% afirmam que economia será o fator decisivo.

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