Conflito na Síria divide opiniões em Washington

O massacre de mais de cem civis por forças do regime sírio, nos dias 26 e 27, provocou controvérsias em Washington. O Departamento de Estado expressou sua indignação frente aos assassinatos expulsando o encarregado de negócios sírio nos EUA, assim como outros dez países o fizeram em relação a altos diplomatas. O candidato republicano à presidência, Mitt Romney, considerou a reação do Departamento pouco eficaz e afirmou que falta coragem na política externa do presidente Barack Obama. O republicano acusou Obama de sofrer uma política de paralisia em relação à Síria. Segundo Romney, é necessário armar os grupos de oposição para que eles possam se defender dos ataques do ditador Bashar al-Assad. Tal atitude mostraria uma liderança por parte dos EUA na região. O tema, no entanto, tem gerado controvérsias dentro do próprio partido republicano. O senador Lindsey Graham (R-SC), por exemplo, disse que é preciso fazer mais do que armar os rebeldes. Apoiado pelo senador John McCain (R-AR) e pelo independente Joseph Lieberman (I-CT), Graham afirmou ser preciso intervir militarmente na Síria por meio de bombardeiros aéros. O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, Mike Rogers (R-MI), declarou ser contra armar as forças oposicionistas. Para o representante, a oposição síria também seria composta de elementos não confiáveis. A opinião de Rogers é compartilhada pela administração. De acordo com o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, municiar os rebeldes seria militarizar ainda mais a região, provocando mais caos e mortes.

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