Os EUA devem remover um grupo de oposição iraniano de sua lista de organizações terroristas. Funcionários do Departamento de Estado afirmaram, no dia 14, que a medida será tomada nos próximos meses, caso o grupo continue abdicando de métodos violentos. Há 15 anos, o Mujahedin-e-Khalq (MeK) foi incluído na lista do Departamento sob acusação de assassinar cidadãos dos EUA no Irã nos anos 70 e pela aliança com Saddam Hussein na década de 90. O MeK tem se esforçado nos últimos dois anos para reverter a situação, já que a discriminação implica no congelamento de bens e na impossibilidade de arrecadação de fundos nos EUA. Além fazer lobby junto a congressistas, o grupo recorreu à justiça do país argumentando ter renunciado à luta armada. O grupo tem sua base em Camp Ashraf, no Iraque, mas o governo iraquiano exige que seus integrantes deixem o país. As Nações Unidas e os EUA vem trabalhando trabalham junto a autoridades estrangeiras para realocar cerca de três mil pessoas em outros países. A mudança de status do grupo seria, portanto, vital para o andamento dessas negociações. A decisão final sobre o caso deve ser tomada pela secretária de Estado Hillary Clinton dentro de 60 dias, prazo para evacuação da base no Iraque. A reclassificação do grupo pode levar à piora nas relações entre Washington e Teerã. Os membros do MeK se refugiaram no Iraque justamente por se oporem ao regime dos aiatolás. O porta-voz do Ministério de Relações Exteriores iraniano, Ramin Mehmanparast, declarou ser uma hipocrisia que os EUA apoiem os terroristas, enquanto o Irã é criticado por suas relações com organizações como o Hezbollah.