Questão sobre ativista chinês gera dilema diplomático

A questão envolvendo o ativista e advogado chinês, Chen Guangcheng, se tornou um dilema diplomático para os EUA. Na semana passada, Cheng se refugiou na embaixada dos EUA após fugir de prisão domiciliar. Durante os 19 meses em que esteve preso, Chen alega ter sofrido maus tratos físicos. Funcionários do governo em Pequim consideraram a proteção ao preso político uma interferência dos EUA na política doméstica da China. No entanto, após negociações entre os dois países, o ativista foi levado pelo embaixador Gary Locke para exames médicos em um hospital e entregue às autoridades locais. O acerto também definiu que Chen e sua família seriam transferidos para outra cidade, onde o ativista voltaria a estudar, embora seu retorno a atividades políticas seja uma incógnita. Defensores de direitos humanos acreditam que os EUA foram pressionados pelos chineses a não conceder asilo político. A iniciativa colocaria em risco a integridade física do advogado, sobretudo considerando sua deficiência visual. Até o momento, o Departamento de Estado sustenta que nunca houve um pedido de asilo e que o ativista optou por permanecer em seu país. Mas uma reviravolta no caso derrubou a versão oficial. Em ligação telefônica ao Congresso no dia 3, Chen teria afirmado desejo de se exilar. Victoria Nuland, porta-voz do Departamento, não comentou a contradição de informações, mas garantiu que a Casa Branca trabalha para que Chen possa estudar nos EUA. O governo chinês declarou que o ativista pode se candidatar a uma universidade no exterior desde que siga os trâmites legais.

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