Administração volta a pressionar pela “Lei Buffet”

O presidente Barack Obama voltou a pressionar pela aprovação da Lei Buffet, em discurso na Florida Atlantic University, no dia 10. Intitulada Paying a Fair Share Act, a lei requer que indivíduos com renda acima de US$ 1 milhão paguem 30% em impostos, o que deve aumentar a arrecadação em US$ 47 bilhões. A proposta, que pode ser votada no Senado no dia 16, é inspirada no investidor Warren Buffet, que afirmou ser injusto milionários pagarem menos tributos do que a classe média. Na última segunda-feira, o Conselho Econômico Nacional divulgara um relatório com dados fiscais que corroboram a legislação. Em 2009, 77 mil contribuintes entre os mais ricos pagaram menos de 30% em impostos, 22 mil foram taxados em menos de 15% e 1.470 ficaram isentos. O argumento é que os rendimentos desse grupo vêm principalmente de investimentos, sobre os quais incidem impostos de 15% contra 35% no caso dos salários. O relatório também revela que, nos anos 60, os mais ricos eram responsáveis por mais de 50% da arrecadação e hoje representam menos de 25%. Jason Furman, diretor do Conselho, disse que o aumento dos impostos é uma questão de justiça. Mesmo que venha a ser aprovada no Senado, a proposta deve ser rejeitada na Câmara, mas os democratas esperam explorar o tema para obter apoio da classe média nas eleições. Republicanos criticam a medida e acusam os democratas de iniciar uma “guerra de classes”, além de defender impostos menores para incentivar novos negócios e empregos. Segundo Orrin Hatch (R-UT), do Comitê de Finanças do Senado, as motivações da proposta são políticas e não econômicas.

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