Egito processa cidadãos dos EUA por atividades ilícitas

O governo egípcio anunciou, no dia 5, que 19 cidadãos dos EUA serão processados no Egito por atividades ilícitas. Segundo o Conselho Militar, junta que governa provisoriamente o país, os acusados atuam em ONGs financiadas ilegalmente por países estrangeiros. A legislação nacional exige que o financiamento estrangeiro a ONGs situadas no Egito seja aprovado pelo governo como condição para a permissão de trabalho. Supostamente, as instituições não teriam obtido a licença. Autoridades militares também alegam que as organizações vinham incentivando protestos contra o governo, interferindo em assuntos domésticos e provocando desestabilização política. Os grupos mais atingidos pelas acusações são o International Republican Institute e o National Democratic Institute, parcialmente financiados pelo governo dos EUA. Como retaliação à retenção dos cidadãos e as acusações judiciais, a Casa Branca pensa em acabar com o auxílio financeiro de cerca de US$ 1,3 bilhão anuais ao país. Recentemente, o Congresso autorizou uma lei exigindo que o Departamento de Estado, antes de desembolsar o auxílio, se certifique de que o Egito respeita a democracia. A secretária de Estado, Hillary Clinton, declarou que havia alertado pessoalmente o ministro egípcio das Relações Exteriores, Mohammed Amr, de que as medidas contra as ONGs prejudicariam a ajuda. Amr lamentou o ocorrido, mas disse que a questão está fora da alçada do Executivo, uma vez que cabe ao Poder Judiciário decidir sobre assuntos judiciais.

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