EUA negociam acordo plurilateral de liberalização de serviços

Os EUA têm participado de conversas com outros países membros da OMC para lançar um acordo plurilateral de liberalização de serviços. O tema inclui setores sensíveis como serviços financeiros, e de fornecimento de água, luz, saúde e educação. Com o impasse da Rodada Doha, esta iniciativa encontra-se no centro das intenções do país com relação à organização. Antes de serem iniciados os acordos políticos, porém, estão previstas diversas reuniões técnicas. Um encontro entre embaixadores ocorreu em Genebra, no dia 18 de janeiro, e outro, com representantes técnicos, está previsto para 13 de fevereiro. Ainda não há cronograma fixo ou prazos para as negociações. Existem, sobretudo, duas grandes questões para o desenho final do acordo. O primeiro ponto diz respeito à amplitude da liberalização, e se esta será feita com uma “lista positiva” ou “negativa”. Os EUA defendem a lista negativa, modelo no qual se explicita apenas os setores não envolvidos pelo acordo, liberalizando todos os outros. Esta abordagem é vista como mais ambiciosa. Outro ponto a ser esclarecido é a possibilidade de inserção de novos membros, principalmente se, uma vez fechado, o acordo se estender a todos os membros da OMC, segundo o princípio da nação mais favorecida. Apesar de todas as partes envolvidas terem concordado em adotar um processo inclusivo e transparente, que fosse aberto a qualquer país, os EUA não desejam aplicar a cláusula da nação mais favorecida e estender o acordo à OMC inteira. Há, ainda, outros desafios à proposta, principalmente porque grandes economias, como China, Brasil e Índia, não fazem parte das conversas.

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