EUA retomam relações diplomáticas com Mianmar

A secretária de Estado, Hillary Clinton, declarou, no dia 13, que os EUA vão restaurar relações diplomáticas com Mianmar. O país esteve isolado diplomaticamente devido a seu histórico de repressão a civis pelo governo militar. Em 1988, os EUA retiraram seu embaixador em protesto contra a repressão brutal a uma manifestação de estudantes. Dois anos depois, a Casa Branca adotou sanções econômicas em desagravo às eleições de 1990. Apesar do líder da oposição, Daw Aung San Suu Kyi, ter vencido o pleito naquele ano, o resultado não foi reconhecido pela cúpula militar governante. O fim das sanções ainda não foi declarado, mas Clinton confirmou que dará inicio ao processo para troca de embaixadores. Mudanças políticas e econômicas adotadas pelo novo governo civil, que assumiu em abril de 2011, têm agradado Washington. A liberação de 651 presos políticos, que ocorreu no mesmo dia 13, foi um dos gestos mais significativos. O acordo de cessar-fogo com o grupo insurgente Karen National Union, e a diminuição das restrições à mídia e à sociedade civil também contribuíram para a aproximação. O atual presidente, U Thein Sein, pretende acabar com o domínio militar no governo e com a dependência econômica em relação à China. A renovação da relação entre EUA e Mianmar é mais um esforço da diplomacia dos EUA na Ásia, para onde a administração Obama espera reorientar sua política externa a fim de conter a influência chinesa na região. O líder da minoria no Senado, Mitch McConnell (R-KY), que apoia sanções a Mianmar, viajou no mesmo dia ao país e considerou apropriado o restabelecimento das relações diplomáticas.

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