EUA pressionam contra entrada da Palestina na UNESCO

A campanha pela admissão da Autoridade Palestina (AP) na UNESCO enfrenta oposição dos EUA. O país pressiona outros membros a votarem contra, ameaçando cortar sua contribuição para a organização, que chega a 22% do orçamento total. De acordo com uma lei de 1994, os EUA não podem financiar agências da ONU que admitam como membro uma entidade que não possua atributos de Estado reconhecidos internacionalmente. A admissão será votada na 36a sessão da Conferência Geral da UNESCO, no dia 30 de outubro, mas a aprovação depende do voto de dois terços dos 193 membros. A aceitação pela UNESCO independe do status da AP na ONU, à qual a entidade palestina solicitou reconhecimento como Estado membro em setembro. Segundo o ministro de Assuntos Externos da AP, Ryiad al-Malki, países pobres estão apreensivos com o possível corte. Já a diretora geral da UNESCO, Irena Bokova, criticou o possível corte no financiamento, argumentando que a medida não serviria aos interesses dos EUA em outras regiões do mundo. A entrada na UNESCO facilitaria a adesão a três outras organizações das Nações Unidas: WIPO, para propriedade intelectual; UNIDO, para desenvolvimento industrial; UNCTAD, para comércio e desenvolvimento. A admissão nessas organizações também implicaria em cortes de verbas dos EUA para as três instituições. A secretária de Estado, Hillary Clinton, defendeu diante do Congresso, no dia 12, que a administração possa controlar o financiamento às agências da ONU. O clima em ambas as casas legislativas, no entanto, favorece a diminuição de gastos para organizações internacionais.
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