Relatório do Pentágono mostra crescimento militar chinês

No relatório anual do Departamento de Defesa sobre a China, Michael Schiffer, responsável por assuntos do leste asiático, afirmou que o crescimento do poderio militar da China pode desestabilizar a região. Segundo o relatório, o exército chinês, que possui cerca de 1,25 milhão de tropas terrestres, espera desenvolver uma força moderna até 2020, com foco principalmente em Taiwan. A China já possui cerca de 1.200 mísseis de curto-alcance direcionados à ilha, e tem desenvolvido mísseis balísticos anti-navios e uma nova geração de caças J-20. Um passo igualmente importante para aumentar o poder naval até 2015 é o trabalho de finalização do Varyag, porta-aviões cuja montagem foi interrompida pela União Soviética, vendido à China pela Rússia em 1998. O relatório sobre o avanço militar chinês foi usado por congressistas e analistas conservadores dos EUA para criticar os planos de Obama em diminuir os gastos com defesa nos próximos anos. Para o presidente do Comitê da Câmara para Serviços Armados, Buck McKeon (R-CA), a ênfase da China em construir sistemas para impedir o acesso ao Pacífico deveria ser foco de preocupação para a Casa Branca. Schiffer alertou também para a falta de transparência do governo chinês. Segundo dados oficiais da China, os gastos do país com defesa em 2010 foram de US$ 81 bilhões. Já o relatório dos EUA indica que as despesas chinesas naquele ano ultrapassaram US$ 160 bilhões, número que deve aumentar 13% em 2011. Essa estimativa corresponde a cerca de 20% dos US$ 700 bilhões gastos pelo Pentágono por ano, levando-se em conta as guerras do Iraque e Afeganistão.

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