O Kremlin pretende proibir funcionários dos EUA de viajar à Rússia. Segundo o jornal russo Kommersant, a lista incluirá pessoas ligadas aos julgamentos nos EUA de dois cidadãos russos, sendo um indiciado por tráfico de armas e outro condenado por tráfico de drogas. Segundo o vice-ministro de Relações Exteriores Sergei Ryabkov, qualquer indivíduo nos EUA que viole direitos de cidadãos russos poderá ser afetado. Em julho deste ano, a administração Obama proibiu vistos e congelou bens de membros do governo russo acusados de conexão com a morte do advogado Sergei Magnitsky. O advogado era funcionário do fundo de investimentos Hermitage Capital e morreu em prisão na Rússia em novembro de 2009. Ele fora detido sob acusação de sonegação de impostos após denunciar crimes de fraude por parte de investigadores da polícia russa No mês passado, conselheiros de direitos humanos do Kremlin revelaram que sua morte pode ter resultado de espancamento e que as acusações contra ele eram infundadas. Em 2010, o Comitê de Relações Exteriores do Parlamento Europeu votou por estrições à entrada na União Europeia de 60 russos pelo mesmo motivo. A decisão nos EUA também se deve à pressão de congressistas, como os senadores Benjamin Cardin (D-MD) e John McCain (R-AZ), que encabeçaram uma carta pressionando a Casa Branca. Apesar de acatar o pedido de suspensão dos vistos, o Departamento de Estado teme que a medida prejudique o programa de recomeço das relações Rússia-EUA. Ryabkov já declarou que a lista negra feita pelos EUA abala as relações bilaterais.