EUA e Iraque discutem permanência das tropas

Líderes iraquianos iniciaram, no dia 2, negociações com a Casa Branca sobre a possível manutenção de parte das 46.000 tropas dos EUA no Iraque. Em 2008, um acordo entre os dois países estabeleceu que as tropas serão retiradas até 31 de dezembro deste ano. O ex-secretário de Defesa Robert Gates, defende a extensão do prazo, mesmo com o aumento da violência contra os soldados nos últimos dias. Anthony Cordesman, do Centro para Estudos Internacionais e Estratégicos, disse que as tropas deveriam ficar para assegurar os ganhos obtidos e construir uma relação de segurança entre EUA e Iraque. Para o especialista, a iniciativa também serviria como alerta ao Irã, que vem sendo acusado pelos EUA de colaborar nos últimos ataques aos soldados. A permanência deve ser aprovada pelo parlamento iraquiano antes de ser formalmente solicitada aos EUA, a fim de evitar que a medida seja vista como um ato de ocupação. Apesar das pressões dos EUA por uma decisão rápida, facções do governo iraquiano têm prolongado as discussões. Segundo um membro da embaixada em Bagdá, quase todos os blocos do Parlamento aprovam a permanência, exceto grupos como os influentes sadristas, liderados pelo clérigo Moktada al-Sadr. O clérigo, que tem apoio do Irã, ameaçou mobilizar seus seguidores para atacar as tropas remanescentes. De acordo com pesquisa da CNN em janeiro de 2011, 65% dos iraquianos apoiam a retirada, enquanto 16% são a favor da presença por tempo indeterminado. Atualmente, as tropas treinam o exército iraquiano e auxiliam em missões de contraterrorismo. Caso permaneçam, deverão atuar somente em operações de treinamento.

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