Energia e Meio Ambiente

EPA cede à pressão sobre emissão de ozônio

A Agência de Proteção Ambiental (EPA, em inglês) e setores industriais divergem sobre prazo para adoção de novas normas de emissão de ozônio. Como determina o Ato de Ar Limpo de 1990, a reestruturação dos padrões de emissão de poluentes é feita a cada cinco anos, com a próxima agendada para 2013. A EPA pretendia antecipar o prazo no caso do ozônio para até 29 de julho próximo, adotando orientações científicas e respeitando uma determinação judicial. Em decisão de 2008, a Corte de Apelação do Distrito de Columbia determinou que os padrões de emissão deviam respeitar estudos científicos que recomendavam níveis de emissão entre 60 e 70 ppb (partes por bilhão). As recomendações haviam sido feitas à administração George W. Bush, que preferiu ignorá-las e reduzir o limite vigente de 84 ppb para 75 ppb. A decisão da EPA de rever os padrões enfrenta a resistência de grupos de interesse das grandes indústrias, como Câmara de Comércio, American Petroleum Institute e Business Roundtable. Representantes dos setores enviaram uma carta à Casa Branca, no dia 15, argumentando que a diminuição dos limites de emissão promete ser a mais cara regulamentação ambiental já imposta no país, podendo custar US$ 90 bilhões anuais. Na última segunda-feira, 34 senadores escreveram à diretora da EPA, Lisa Jackson, pedindo a revisão dos padrões em 2013. A pressão sobre o governo parece ter surtido efeito. No dia seguinte, a agência decidiu postergar a reestruturação pela quarta vez em um ano, embora continue afirmando que os novos padrões serão adotados em breve.

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