Paquistão sob suspeita de lobby ilícito nos EUA

A prisão de um cidadão dos EUA pelo FBI levantou suspeita de que o Paquistão venha fazendo lobby ilícito em Washington há cerca de vinte anos. O fato foi revelado na terça-feira, 18, com a prisão de Syed Ghulam Nabi Fai, diretor da ONG Kashmiri American Council. Fai teria sido contratado pelo governo paquistanês para influenciar autoridades dos EUA a favor da autodeterminação da Cashemira indiana. A região foi incorporada pela Índia em 1948 contra a vontade de sua população muçulmana e do Paquistão. Ambos os países são aliados dos EUA na Ásia, embora a relação com o Paquistão passe por um momento crítico. O acusado, que é cidadão e residente dos EUA, teria recebido mais de US$ 4 milhões do governo paquistanês, principalmente da agência de inteligência (ISI). Zaheer Ahmad, também cidadão dos EUA e residente no Paquistão, estaria igualmente envolvido. A legislação dos EUA permite que lobistas representem interesses estrangeiros desde que a representação seja registrada no Departamento de Justiça, em conformidade com o Ato de Registro de Agentes Estrangeiros. Em alguns casos, a falta do registro caracterizaria um ato de espionagem. De acordo a Comissão Eleitoral Federal (FEC), Fai também teria feito doações para campanhas, principalmente para o Comitê Nacional Republicano Senatorial e para o representante Dan Burton (R-IN). O FBI, no entanto, afirma que os políticos desconheciam a origem do dinheiro. Pela lei dos EUA, candidatos não podem receber doações provenientes de outros governos.

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