Oposição líbia contrata maior firma de lobby em Washington

O maior escritório de lobby de Washington, o Patton Boggs, foi contratado, no mês passado, pelo Conselho Nacional Transitório Interino da Líbia para trabalhar por seu reconhecimento junto aos EUA. Diferentemente de França, Grã-Bretanha, Itália, Turquia e Qatar, os EUA não reconheceram o Conselho como governo legítimo da Líbia, embora tenha permitido a abertura de seu escritório de representação em Washington. Os esforços pelo reconhecimento começaram em abril, quando o Conselho contratou a empresa de relações públicas Harbour Group em caráter pro-bono (serviço profissional sem remuneração). Segundo documentos submetidos pela Patton Boggs ao Departamento de Justiça, em conformidade com o Ato de Registro de Agentes Estrangeiros, a firma será remunerada em até US$ 50.000 por mês. Em carta assinada pelo sócio da empresa, Thomas Boggs Jr., os valores seriam pagos somente quando o Conselho obtivesse recursos suficientes. A mudança de status daria aos opositores do atual regime legitimidade nos EUA, e maiores chances de acesso aos fundos financeiros de Muammar al-Gaddafi congelados pelos EUA, e de direitos sobre a venda de petróleo e gás; o Qatar já teria concordado em revender no mercado internacional petróleo exportado pelo Conselho. Outras firmas de lobby vinham representando Gaddafi desde 2004, quando os EUA suspenderam as sanções ao país, mas os contratos foram desfeitos com a eclosão do conflito em fevereiro e a brutalidade da repressão aos opositores. Empresas ligadas ao setor petrolífero e de armamentos também mantinham boas relações com Trípoli até então.

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