Republicano saem derrotados com fim da paralisação

A crise fiscal e a consequente paralisia do governo não aumentaram apenas a insatisfação e a descrença da opinião pública com o establishment político. Também podem ter afetado diretamente o legado e a carreira de alguns dos atuais expoentes do Congresso, com efeitos já nas eleições de meio de mandato de 2014. A dificuldade do porta-voz da Câmara, o republicano John Boehner (R-OH), de controlar seus correligionários mais conservadores pôs sua capacidade de liderança em xeque. A inflexibilidade do Tea Party dividiu o eleitorado republicano e levou o partido a uma queda sem precedentes nos índices de aprovação. Figuras como os senadores Ted Cruz (R-TX) e Rand Paul (R-KY) ganharam mais visibilidade ao radicalizar o discurso, mas irritaram a ala moderada do partido, podendo trazer perdas importantes. Apesar de o eleitorado republicano fervoroso ser essencial no processo que decidi às primárias, são os moderados e independentes que ditam vitórias nas eleições gerais. Já os senadores Harry Reid (D-NV) e Mitch McConnell (R-KY), líderes de suas respectivas bancadas, acumularam capital político com a aprovação do acordo bipartidário que pôs fim à paralisia. Apesar da aparente vitória, pesquisas de opinião divulgadas ao longo da crise mostraram que o presidente Barack Obama ainda tem problemas para explicar e defender sua agenda frente ao eleitorado. No caso do Obamacare, a confusão e as falhas no início de sua implantação foram ofuscadas pela intransigência republicana, o que minimizou críticas ao projeto e poupou o presidente. Análises do The New York Times e do The Washington Post apontam o Partido Republicano como o grande perdedor.

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