Fed encerra injeção de liquidez do programa QE2

Conforme previsto na reunião do Fed em abril, o programa de estímulo econômico e relaxamento quantitativo QE2 foi extinto em 30 de junho. O programa original, QE1, surgiu em 2009, quando os riscos de deflação e mesmo de recessão eram altos. Desde 2010, o segundo programa injetou US$ 600 bilhões. O Fed adquiriu aproximadamente 85% da emissão de títulos do Tesouro no período. Com o fim do programa, analistas tem feito um balanço dos resultados. Dentre os principais benefícios para a economia dos EUA, o QE2 mitigou o risco de deflação e controlou a inflação dentro dos limites estabelecidos pelo Fed. Além disso, o programa representou um reforço para o mercado financeiro. Uma vez que o Fed comprava a maior parte dos títulos do Tesouro, os investidores privados tiveram de colocar seu capital em ações privadas e títulos corporativos. Outro impacto foi a desvalorização do dólar no mercado internacional, gerando competitividade artificial na economia dos EUA. Em relação a agosto de 2010, o dólar teve uma desvalorização média de 10% frente a outras moedas, mas não há consenso sobre se isto é positivo. O QE2 também apresentou aspectos negativos, principalmente acerca de empregos e crescimento econômico. No início do programa em agosto de 2010, 9,6% da população estava desempregada. Ao seu término, o índice continua alto em 9,1% e a criação de empregos foi desigual entre regiões e setores. O crescimento econômico atual, mais devagar que o esperado, é outro ponto criticado. Mesmo entre críticas, James Bullard, presidente do Fed de Saint Louis, defendeu que os efeitos do QE2 serão sentidos a longo prazo.

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