Negociação a portas fechadas destrava acordos de livre-comércio

O impasse em torno dos acordos de livre-comércio com Coreia do Sul, Panamá e Colômbia, que já durava semanas, parece ter sido desfeito. Os três acordos tiveram origem na administração Bush, mas foram incorporados à agenda comercial de Obama para promoção de empregos e crescimento econômico. Em maio, o presidente condicionou-os à aprovação da extensão de medidas do TAA (Trade Adjustment Assistance, em inglês). Tal programa de assistência trabalhista foi expandido em 2009 para minimizar os efeitos da crise econômica. Republicanos, historicamente favoráveis ao programa, decidiram opor-se à renovação das ampliações, por conta do atual cenário de alto endividamento público. Além disso, a extensão do TAA atrasaria as negociações, retardando os benefícios dos acordos de livre-comércio para o país. Em 28 de junho, a imprensa divulgou que uma comissão bipartidária e membros da administração alcançaram consenso para permitir o envio dos acordos ao Congresso. O deputado Sander Levin (D-MI), líder democrata no Comitê de Meios e Procedimentos, declarou que o pacote com os três acordos estará disponível para votação nos próximos dias. Segundo informações, os republicanos concordaram com a extensão do TAA. De acordo com o The Washington Post, o deputado Dave Camp (R-MI) e o senador Max Baucus (D-MT) foram fundamentais nas negociações. Espera-se que o presidente Obama anuncie o desfecho ainda essa semana. Entretanto, o envio dos tratados ao Congresso não garante sua aprovação. O acordo com a Colômbia, principalmente, será alvo de diversas críticas sobre a questão trabalhista no país.

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