Presidente do BC do México vai aos EUA em campanha pelo FMI

O presidente do Banco Central do México e candidato à direção do FMI, Augustin Carstens, esteve em campanha nos EUA no último dia 13. Em visita a Washington, o mexicano se reuniu a portas fechadas com Timothy Geithner, secretário do Tesouro dos EUA. Após o encontro, Carstens afirmou que Geithner demonstrou ainda não ter tomado posição sobre o novo diretor do fundo. Já o secretário elogiou as capacidades do candidato para a função, bem como as de Christine Lagarde, ministra de Finanças da França e candidata mais cotada para assumir o cargo. Para Geithner, ambos são pessoas muito talentosas. Os EUA estariam trabalhando simultaneamente com os países emergentes e com a Europa para garantir que a estrutura do Fundo reflita a política mundial contemporânea. No mesmo dia, o candidato mexicano falou ao Instituto Peterson de Economia Internacional, perante uma plateia composta por integrantes do conselho do FMI, além de membros do governo dos EUA e importantes economistas. Na ocasião, Carstens criticou duramente o domínio europeu do Fundo, afirmando que a instituição deveria prezar por sua credibilidade entre os países emergentes. O candidato atacou a falta de monitoramento da economia europeia e a morosidade em solucionar a crise na Grécia. Para o mexicano, sua posição alheia à crise europeia seria uma qualidade para garantir neutralidade em futuras. Segundo Carstens, a eleição de Lagarde levaria a constantes questionamentos sobre conflitos de interesses. No entanto, Cartens reconheceu sua desvantagem ao afirmar que começa o jogo perdendo de cinco a zero, mas que sua candidatura representa uma opção que não pode ser ignorada.

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