Pressão dos EUA leva AIEA a criticar programa nuclear sírio

A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) emitiu resolução criticando a Síria por obstruir uma investigação sobre a instalação nuclear Dair Alzour. O país teria bloqueado o acesso aos inspetores e apresentado informações falsas sobre o projeto nos últimos três anos. O documento afirma que é muito provável que a instalação, bombardeada por Israel em 2007, fosse um reator nuclear para fins bélicos. A votação terminou com um resultado de 17 votos a favor, seis contra e 11 abstenções, entre elas a do Brasil. A votação foi motivada pelo embaixador dos EUA na agência, Glyn Davies, que apresentou novas evidências de que a Síria pretendia produzir plutônio com objetivos militares. O secretário de imprensa da Casa Branca, Jay Carney, afirmou que a votação marca uma ação significativa da comunidade internacional no apoio pela não-proliferação de armas nucleares. A AIEA referendou o caso ao Conselho de Segurança da ONU (CS), sendo esta a primeira vez desde que enviou processo semelhante sobre o Irã em 2006. China e Rússia, no entanto, devem se opor à votação do caso no Conselho e, em última instância, à aplicação de sanções. Esse impasse na questão do programa nuclear sírio pode dificultar a aprovação no Conselho de outra proposta, desta vez liderada por França e Reino Unido, para condenar o governo sírio pela repressão violenta aos protestos no país. Os EUA negam que o pedido de condenação pela AIEA tenha qualquer relação com as críticas da administração Obama à maneira como o presidente Bashar al-Assad vem sufocando o movimento por democracia na Síria.

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