Abbas pede apoio de organização judaica junto ao Congresso

O líder palestino Mahmoud Abbas pediu à J Street, organização judaica nos EUA, que advogue junto ao Congresso pela manutenção da assistência financeira aos palestinos. Abbas teme que a ajuda seja cortada após a recente reconciliação entre Fatah e Hamas, embora garanta que membros do novo governo sejam tecnocratas sem filiação com nenhuma das duas facções. O pedido a um grupo judaico chega a ser uma ironia, uma vez que a situação financeira do governo palestino se agravou quando Israel suspendeu o repasse de impostos e taxas em protesto à reconciliação. Jeremy Ben-Ami, presidente da J Street, considerada pró-Israel e pacifista, prometeu levar ao Congresso a mensagem de que esta possa ser a última oportunidade de negociação com um líder palestino disposto a estabelecer um processo de paz com Israel. Como o Hamas é considerado um grupo terrorista pelos EUA, muitos congressistas mostram-se reticentes. Na última sexta-feira, 27 senadores enviaram uma carta a Barack Obama, urgindo pela suspensão da assistência à coalizão, a menos que o Hamas renuncie à violência. O governo dos EUA prefere, no entanto, esperar para ver se a reaproximação representa um obstáculo ao processo de paz, conforme as previsões das autoridades israelenses. A secretária de Estado Hillary Clinton também tem pressionado Israel nas últimas semanas pela liberação dos repasses. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, é esperado em Washington no fim de maio, onde deverá ser recebido na Casa Branca e em audiência no Congresso. O motivo da visita é incerto, mas especula-se que seja sobre a retomada das negociações de paz.

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