Ajuste no déficit fiscal pode levar à revisão estratégica

A proposta de orçamento apresentada pelo presidente Barack Obama no último dia 14 contém cortes em gastos militares de US$ 400 bilhões nos próximos 12 anos. A medida é parte do plano para reduzir o déficit fiscal em US$ 4 trilhões até 2023 e seria aplicável a todas as agências de defesa, além de programas nucleares. Apesar do valor elevado, os cortes propostos são inferiores aos sugeridos pela Comissão Nacional para Reforma e Responsabilidade Fiscal, uma iniciativa bipartidária criada pelo presidente em 2010. Obama afirmou que, além de acabar com os desperdícios e aumentar a eficiência do setor, é preciso fazer uma revisão fundamental das missões militares e do papel dos EUA em um mundo em transformação. O secretário de Defesa Robert Gates também admitiu alterações estruturais, uma vez que a redução se somará aos US$ 178 bilhões em despesas não essenciais já cortados nos últimos dois anos. Frank Kendall, vice-subsecretário de compras do Pentágono, mostrou-se reticente em suspender a compra de sistemas de armas. Embora reconhecendo que a suspensão seria inerente à reformulação estratégica, Kendall acredita que a decisão seria um erro da instituição. Republicanos como o presidente do Comitê das Forças Armadas da Câmara, Howard McKeon (R-CA), temem que os cortes prejudiquem a segurança nacional. Para o supervisor de orçamento militar no governo Clinton, Gordon Adams, o anúncio soa radical, mas na prática requer apenas que o Pentágono limite o aumento de gastos à taxa de inflação anual para que a meta seja atingida com facilidade.

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