Paquistão pede limite a operações de inteligência

O Paquistão pediu aos EUA para limitar operações da CIA que envolvam agentes em terra e missões de aviões não tripulados. O pedido, supostamente vindo do comandante do exército paquistanês, general Ashfaq Parvez Kayani, exigiria que 335 funcionários da CIA e de operações especiais das forças armadas, além de todos os terceirizados, deixassem o país. Os EUA também deveriam informar a Inter-Service Intelligence (ISI), agência paquistanesa de inteligência, sobre as missões. Washington teria concordado em compartilhar informações, sem fazer menção à redução na escala das atividades. A cooperação entre as agências vem sendo reavaliada e foi discutida em reunião recente entre Leon Panetta e o tenente-general Ahmed Shuja Pasha, diretores da CIA e da ISI, respectivamente. Oficiais dos dois países dizem que o pedido é consequência de dois episódios que afetaram a opinião pública paquistanesa e geraram tensão entre os aliados. No primeiro deles, autoridades locais prenderam o funcionário da CIA Raymond Davis pelo assassinato de dois civis. No dia seguinte à sua soltura, um ataque de aviões não tripulados matou 40 pessoas, o que foi visto por oficiais paquistaneses, incluindo o próprio Kayani, como provocação dos EUA pela detenção de Davis. Para o analista do Council on Foreign Relations, David Markey, o momento apresenta uma oportunidade para o Paquistão renegociar os termos da cooperação. Além de maior assistência financeira, o governo exige que os ataques não visem às organizações “terroristas” que constem na folha de pagamento de Islamabad, e sim à Al-Qaeda e ao Talibã paquistanês.

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