Obama busca aproximação com empresariado

O presidente Barack Obama foi à Câmara de Comércio dos EUA na segunda-feira, 7 de fevereiro, numa tentativa de aproximar a administração do empresariado. No discurso, o presidente enfatizou a responsabilidade das empresas para com o país e fortalecimento de sua economia. Obama pediu para que sejam promovidas políticas de investimento, e fomento a inovação e novas tecnologias. O presidente ressaltou interesses comuns, como acordos de livre-comércio, simplificação do código tributário e eliminação de regulações desnecessárias. Thomas Donohue, presidente da Câmara, expressou o desejo de trabalhar em parceria com o governo, em áreas como exportações, tecnologia, infraestrutura e redução do déficit. O discurso – o primeiro de Obama direcionado à Câmara – marca uma tentativa de conciliação com o empresariado após dois anos de tensão. Nas eleições de novembro, a Câmara gastou US$ 50 milhões em propaganda para caracterizar Obama e democratas como uma ameaça ao capitalismo. Donohue também já se posionou contra a lei de reforma da saúde. Aliados liberais da Casa Branca decepcionaram-se com o gesto do presidente de buscar aproximação do setor privado. Outro ponto criticado pela esquerda foi a defesa dos acordos de livre-comércio, vistos como uma das causas do desemprego nos EUA. O discurso também não foi bem recebido por conservadores, que discordam da lógica do presidente de que investimentos impulsionem a demanda. Mitch McConnell (R-KY), líder da minoria no Senado, declarou esperar que as ações do governo sejam condizentes com sua retórica.

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