Novos dilemas na relação EUA-Israel

A atual onda de protestos pode não só desestabilizar as relações dos EUA com o Egito, mas também com Israel. Tel Aviv sempre contou com o apoio de Mubarak para manter o status quo na região e preservar o tratado de paz de Camp David de 1979. Sua saída do poder poderia levar à ascensão de um governo que não honre tais compromissos. A Irmandade Muçulmana, maior grupo de oposição do Egito, já declarou no passado não concordar com o tratado de paz. Mohamed ElBaradei, outra figura ascendente e antigo secretário-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), é visto com ressalvas pelos EUA por sua oposição à guerra do Iraque. ElBaradei também é acusado por Israel de favorecer o Irã nas inspeções da AIEA. Diante desses cenários, oficiais israelenses têm pressionado a administração Obama pela manutenção do regime. Segundo documentos divulgados pelo WikiLeaks, o vice-presidente Omar Suleiman é o preferido do governo israelense para a sucessão. Analistas indicam que os EUA estão diante do dilema de defender os valores da democracia ou apoiar seus dois maiores aliados no Oriente Médio. Segundo a opinião do antigo negociador de paz israelense, Daniel Levy, os EUA só podem defender os interesses de Israel com a estabilidade mantida por autocracias árabes. De acordo com Tommy Vietor, porta-voz da Casa Branca, os EUA entendem a preocupação de Israel e reafirmam seu comprometimento com segurança do país.

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