China e EUA avançam pouco em diálogo estratégico

A viagem de Robert Gates à China nessa semana deverá terminar com poucos avanços para o restabelecimento do diálogo estratégico entre os dois países, interrompido pelos chineses em 2007 com a venda de armas dos EUA a Taiwan. O ministro da Defesa chinês, Liang Guanglie, disse que seu país estuda a proposta de Gates por maior transparência, embora tenha alertado para a possibilidade de novo rompimento caso os EUA voltem a negociar armamentos com a província considerada rebelde.  A relação de defesa também vem se deteriorando por conta do crescente poder naval chinês. Segundo especialistas, o país teria mudado o foco das forças terrestres para a Marinha, o que afetaria o imperativo estratégico dos EUA de manter desimpedidas as rotas marítimas no Pacífico. No voo para Pequim, Gates declarara a intenção do Pentágono de investir em armas, aviões e tecnologia em reação ao desenvolvimento pela China do caça J-20 e de um novo tipo de míssil balístico, ambos dotados de sistema antirradar. Embora a ideia seja paradoxal ao plano de corte orçamentário anunciado há poucos dias pelo Departamento de Defesa, a maior preocupação dos EUA seria com a segurança de seus porta-aviões na região. O secretário desencorajou líderes chineses a acreditar no declínio dos EUA em face da crise financeira. Segundo ele, “os caixotes de lixo da história estão cheios de países que subestimaram a resiliência dos EUA”. Guanglie, no entanto, minimizou a declaração ao dizer que Washington superestima a tecnologia militar de seu país, que estaria defasada duas décadas em relação aos países avançados.

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