Limite do déficit federal acirra discussão sobre gastos e orçamento

O valor limite do déficit federal definido pelo Congresso tem preocupado a Casa Branca. Segundo o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, o atual déficit estimado em US$ 13,96 trilhões deve atingir o limite de US$ 14,3 trilhões entre 31 de março e 16 de maio. Caso o teto não seja aumentado pelo Congresso em tempo, o governo poderá ter suas ações paralisadas, incluindo o pagamentos de títulos da dívida pública. Em carta enviada aos congressistas no dia 06 de janeiro, Geithner alertou para os possíveis efeitos caso o limite seja alcançado, como a elevação das taxas de juros, o que dificultaria a obtenção de empréstimos e afetaria “milhões de empregos”. A carta foi dirigida especialmente aos republicanos, que tinham como temas da campanha vitoriosa nas eleições de novembro a redução do déficit orçamentário e dos gastos do governo. A resistência é maior entre congressistas apoiados pelo Tea Party, que já declararam votar contra qualquer aumento de limite de déficit. No entanto, o porta-voz da Câmara, John Boehner (R-OH), e o líder da minoria no Senado, Mitch McConnel (R-KY), têm negociado com a Casa Branca um pacote que elevaria o limite de déficit e, em contrapartida, incluiria cortes de gastos. Caso o acordo venha a fracassar, a administração diz ter elaborado planos emergenciais, como a suspensão da venda de títulos do Tesouro que cobririam os gastos do governo por até 8 semanas. Segundo economistas, o não pagamento de títulos pelos EUA também desestabilizaria os mercados globais. Os títulos do Tesouro dos EUA são considerados os mais seguros do mundo.

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