Pentágono anuncia o maior corte de gastos desde 2001

O secretário de Defesa, Robert Gates, comunicou ao Congresso um plano de corte de US$ 78 bilhões nas despesas do Pentágono nos próximos 5 anos. Se aprovado, o projeto representará a maior redução de gastos da instituição desde setembro de 2001. O anúncio surpreendeu os congressistas, que esperavam detalhes sobre a já prevista realocação de US$ 100 bilhões em atividades de baixa prioridade para investimentos em armamentos. A nova decisão obriga Exército e Marinha a reduzir o efetivo humano de 771.000 em 6% depois que as forças deixarem o Afeganistão em 2014. Os cortes, contudo, não serão aplicados antes de 2012, quando o orçamento deverá aumentar para US$ 554 bilhões, sem as verbas de guerra. Nos anos seguintes, o valor diminuirá gradativamente até se estabilizar em 2015 e 2016. Segundo o chefe do Estado-Maior, almirante Mike Mullen, a decisão da Casa Branca tem o apoio do alto escalão das Forças Armadas e não prejudicará a capacidade militar do país frente às ameaças globais. Nesta semana, Gates estará na China para tratar das relações de defesa sino-americanas em meio à preocupação com o incremento militar chinês. Mesmo reafirmando a importância da segurança nacional, o secretário alertou para o fim da era do “dinheiro infinito” em tempos de austeridade econômica. Alguns cortes poderão ser realizados unilateralmente pelo Pentágono, enquanto outros dependerão da aprovação do Congresso, hoje com maioria republicana e mais relutante em diminuir o orçamento militar.

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