EUA retiram proposta feita a Israel

Os EUA desistiram de convencer Israel, em 07 de dezembro, a retomar a moratória nos assentamentos na Cisjordânia por 90 dias ao perceberem que a sua aceitação não faria avançar o processo de paz. O principal motivo foi a exigência israelense em obter garantias formais para a proposta, inclusive a exclusão de Jerusalém Oriental do congelamento, condição inegociável para os palestinos. A decisão foi interpretada por analistas como um passo atrás em uma meta prioritária para realçar a política externa de Barack Obama. Para Aaron David Miller, ex-representante dos EUA no Oriente Médio, os EUA comprometeram sua credibilidade junto às partes com uma aposta arriscada. O ministro de Defesa israelense, Ehud Barak, afirmou que os EUA não foram capazes de fechar um acordo com Israel por estarem “distraídos” com questões domésticas e externas. Yasser Abed Rabbo, assistente do líder palestino Mahmoud Abbas, questionou a capacidade de negociação dos EUA, quando o país sequer foi capaz de convencer seu aliado a contribuir com tão pouco. Apesar das críticas, negociadores dos dois lados viajaram a Washington dias depois para ouvir a nova proposta do Departamento de Estado, que pretende retomar a antiga prática de conversas indiretas. Para Yosser Alpher, antigo conselheiro do governo israelense, os EUA deveriam apoiar a eventual declaração unilateral do Estado palestino. Recentemente, Brasil, Argentina e Uruguai apoiaram o reconhecimento da Palestina com base nas fronteiras de 1967, contrariamente às manifestações públicas dos EUA e de Israel.

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