Índia tem apoio de Obama à vaga no Conselho de Segurança

Em discurso no Parlamento indiano em 08 de novembro, o presidente Barack Obama manifestou apoio à candidatura da Índia ao Conselho de Segurança (CS) da ONU. A declaração, porém, não veio acompanhada de garantias nem de planos. Diante da resistência a reformas no organismo internacional por parte de alguns membros – entre eles os EUA – o discurso não passou de um mero gesto diplomático. As consequências regionais, no entanto, puderam ser rapidamente percebidas. O Paquistão criticou o anúncio, lembrando violações às resoluções da ONU cometidas pelo vizinho acerca da Caxemira, região disputada pelos dois países. Para o governo paquistanês, a reforma do CS deve ser orientada por princípios morais, e não por interesses políticos. Ao ser questionado sobre o conflito entre seus dois aliados, Obama disse que os EUA não podem impor uma solução, e sim participar da forma como Índia e Paquistão julgarem apropriada. O primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, afirmou não haver chance de negociação enquanto o vizinho continuar a usar o terrorismo como método de coerção. A parceria dos EUA com o Paquistão na “guerra ao terror” também gera desconfiança entre os indianos. A China não se manifestou oficialmente, porém, sua oposição à candidatura é esperada em função de problemas com a demarcação de fronteiras, o asilo da Índia ao Dalai Lama e a aproximação chinesa com o Paquistão.

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