Executivos do petróleo na berlinda em audiência no Senado
Executivos das principais indústrias petrolíferas dos EUA participaram de audiência no Comitê de Finanças do Senado, no dia 12, para discutir o projeto de corte da metade dos US$ 4 bilhões em incentivos fiscais ao setor. Senadores democratas favoráveis aos cortes alegam que os lucros das empresas não justificam o benefício. A audiência teve um clima tenso depois da declaração de James Mulva, da ConocoPhillips, no dia anterior, que classificou a proposta como não-americana. O senador Robert Menendez (D-NJ), um dos principais defensores da ideia, entendeu o termo como antipatriótico e o considerou uma ofensa ao partido. Troca de acusações à parte, os empresários alegam que o plano é discriminatório por não ser extensivo a outros setores produtivos que também recebem incentivos. A questão para os democratas é clara: eliminar os subsídios contribui para reduzir o déficit do governo. No caso dos executivos, a polêmica vai além de preservar os benefícios fiscais garantidos por lei; ao manter uma postura intransigente, eles esperam levar a administração a permitir novas concessões de exploração em áreas preservadas em troca da aceitação do fim dos subsídios pelas indústrias. A proposta foi derrubada no Senado hoje, porque os democratas não conseguiram contornar o bloqueio à votação pelos republicanos. Mesmo que passasse na casa, o projeto teria probabilidade ainda menor na Câmara dominada pela oposição. Republicanos acusam democratas de oportunismo político, de desestimular investimentos das indústrias no país, e de aumentar o desemprego e o preço da gasolina.