Resumo da Semana

EUA e o Resumo da Semana (de 25 a 31 out. 2021)

Cartum em chamas: sudaneses vão às ruas em protesto contra o golpe de Estado militar, 21 out. 2021 (Crédito: Mohamed Nureldin Abdallah/Reuters)

Resumo da Semana OPEU n 6 Out 2021 (versão sem imagens)

Por Equipe Opeu

China, por Carla Morena

Na terça-feira (26), o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reforçou a necessidade de incluir Taiwan em mais instituições da ONU, a despeito da oposição da China. Em suas palavras: “Taiwan não tem sido permitida a contribuir para os esforços das Nações Unidas. Nós encorajamos todos os Estados-membros da ONU a se juntarem a nós no apoio à participação robusta e significativa de Taiwan no sistema ONU e na comunidade internacional”. Em resposta, o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, criticou duramente o posicionamento de apoio a Taiwan. Em sua fala diante da cúpula do G20, no sábado (30), o ministro acusou os Estados Unidos de “sabotarem a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan”, ressaltando que “Taiwan não tem outro status sob o direito internacional, além de ser uma parte da China”.

Durante conversa com Wang Yi no domingo (31), Blinken declarou que os Estados Unidos não modificaram sua política de uma única China e que as linhas abertas de comunicação são imprescindíveis nesse caso. Já o chanceler Wang Yi destacou Taiwan como o tópico mais sensível da relação entre EUA e China e alertou para os possíveis danos, caso este ponto seja negligenciado.

The National InterestSecretário de Estado americano, Antony Blinken (à esq.), e o chanceler chinês, Wang Yi, reúnem-se em um hotel em Roma, em 31 out. 2021, em paralelo à cúpula do G20 (Crédito: AP)

Defesa e Segurança, por Maria Manuela de Sá Bittencourt

O chefe do Estado-Maior Conjunto, general do Exército Mark Miley, demonstrou preocupação com as intenções chinesas, citando o recente teste de um sistema de armas hipersônicas. Na quarta-feira (27), o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, enfatizou que essa ampla gama de sistemas e capacidades, acompanhada de política externa e econômica agressivas, são os motivos pelos quais o secretário da Defesa, Lloyd Austin, vê a China como uma “ameaça em curso” (tradução livre do original “pacing threat”). Kirby acrescentou que os líderes do Departamento da Defesa estão preocupados com a evolução dos acontecimentos na região do Indo-Pacífico.

Na sexta-feira (29), o secretário americano de Defesa e o ministro da Defesa da Eslovênia, Jaroslav Nad, reuniram-se no Pentágono para dar continuidade à conversa realizada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Foram discutidas as relações entre os dois aliados da Organização e o melhor caminho para dar continuidade à parceria bilateral. “Nossa cooperação também inclui enfrentar desafios comuns, como a pandemia e o combate às ameaças híbridas”, disse Austin, que agradeceu à Eslováquia por suas contribuições no Afeganistão: “Seremos sempre gratos às corajosas tropas eslovacas que lutaram e caíram ao nosso lado”. Nad reforçou, por fim, que os dois países são parceiros e que aguarda ansiosamente pelas discussões sobre cooperação em defesa e exploração de novas oportunidades de parceria entre as duas nações.

O chefe do Pentágono também se reuniu com o ministro da Defesa Nacional da Colômbia, Diego Molano, na cerimônia de troca de comando do Comando Sul dos Estados Unidos (USSSOUTHCOM, na sigla em inglês). Os líderes discutiram o interesse mútuo em aprofundar a cooperação em questões estratégicas, incluindo as contribuições colombianas para a segurança global e regional, migração, defesa cibernética e Inteligência. Também foram reforçados o papel da democracia e a defesa dos direitos humanos em todos os aspectos da relação bilateral de defesa.

Ainda neste evento, Austin enfatizou a importância de trabalhar com parceiros nas Américas Central e do Sul, por meio de qualquer ajuda necessária e pelo fortalecimento de suas próprias capacidades e compartilhamento de informações para combater “influências malignas”.

Economia e Finanças, por Ingrid Marra e Marcus Tavares

O aumento expressivo dos preços do petróleo proporcionou altas taxas de lucro para as maiores companhias estadunidenses vendedoras desta commodity. Com o aumento de 72% no valor do barril de óleo cru, em comparação com o terceiro trimestre de 2020, a ExxonMobil registrou lucro líquido de US$ 6,8 bilhões, e a Chevron alcançou US$ 5,7 bilhões de lucro ajustado. Os resultados repercutiram no mercado, com alta de 56% nas ações da ExxonMobil, e de 33%, nas ações da Chevron.

Líderes das 20 maiores economias do planeta (G20) endossam a taxação global corporativa mínima de 15%, de acordo com fontes da Reuters. O plano de implementação do rascunho, denominado até o momento de Inclusive Framework on Base Erosion and Profit Shifting, prevê o início do processo em 2023, e tem como objetivo impedir que grandes corporações globais fujam de taxações. Segundo a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, o imposto fará a economia global se transformar em “um lugar mais próspero para trabalhadores e negócios estadunidenses”.

Wall Street está dividida nos debates sobre estagflação. O estrategista-chefe de mercado acionário da Federated Hermes, Phil Orlando, acredita que a inflação não será um problema passageiro, ao contrário do que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) propõe. Para ele, altas taxas de inflação, enquanto os EUA experimentam baixo crescimento, significam que o país pode experimentar a estagflação. Os preços ao consumidor cresceram a um ritmo anual de 5,4% no mês passado, ao passo que o crescimento da economia americana caiu para apenas 2,7% no último trimestre. Como comparação, o trimestre anterior experimentou crescimento de 6,7%. O presidente do BlackRock Investment Institute, Jean Boivin, acredita, porém, no contrário: assim que gargalos nas cadeias de suprimentos forem resolvidos, os rendimentos do Tesouro deverão aumentar, e será possível esperar maiores taxas de crescimento.

Oriente Médio, por Luísa Azevedo

Na segunda-feira (25/10), o porta voz do Departamento de Estado americano, Ned Price, afirmou que o Plano de Ação Conjunto Abrangente (JCPOA, na sigla em inglês) “continua a ser o melhor e mais efetivo meio de garantir que, uma vez mais, o Irã seja submetido a permanentes e verificáveis limites quanto a seu programa nuclear e que nunca possa adquirir um armamento nuclear”. Na terça (26/10), quando perguntado novamente sobre a questão, alertou que a janela aberta pela diplomacia em Viena estaria se fechando e que uma sétima rodada de negociações precisa ter um rápido progresso para que ambos os governos formem um comum acordo.

Quanto às eleições ocorridas no Iraque em 10 de outubro, o Departamento de Estado americano parabenizou, na segunda-feira (25/10), o governo iraquiano e o Conselho de Segurança das Nações Unidas pela garantia de eleições seguras.

A vote going nowhere.Outdoors com propaganda eleitoral no Iraque, em out. 2021 (Crédito: Ahmad al-Rubaye/AFP/Getty Images)

Na terça (26/10), os funcionários do Departamento da Defesa Colin Kahl e James Mingus testemunharam perante o Comitê de Serviços Armados do Senado, a fim de analisar os 20 anos de ocupação militar no Afeganistão. Os oficiais abordaram o tema da retirada das tropas americanas em agosto passado, pontuando que a retirada de mais de 120 mil não-combatentes foi um “difícil obstáculo na segurança da operação” e que a velocidade da conquista do Afeganistão pelo Talibã pegou os planejadores de surpresa. Eles também assinalaram que o Departamento de Defesa americano mobiliza 10 mil membros no esforço de conceder refúgio a mais de 50 mil refugiados afegãos alocados em oito bases militares. Até o momento, mais de 6 mil foram reassentados nos Estados Unidos.

No mesmo dia, o secretário de Estado Antony Blinken e o ministro de Relações Exteriores do Reino da Arábia Saudita, príncipe Faisal bin Farhan Al Saud, conversaram por telefone. Ambos condenaram o golpe de Estado militar do Sudão, em 25 de outubro, e discutiram seus efeitos sobre a estabilidade da região.

Em coletiva de imprensa na terça (26), o porta-voz do Departamento de Estado americano expôs a posição contrária do país aos planos israelenses de expansão de cerca de 1.300 residências em assentamentos judeus na Cisjordânia. Esse é um ponto de tensão entre Israel e Washington, que considera a ação “completamente inconsistente com os esforços de diminuir as tensões e garantir a paz” entre Israel e Palestina.

Ainda na terça, o governo americano liberou ficha informativa sobre a ação de empresas privadas americanas na Operação Bem-vindos Aliados (“Operation Allies Welcome”), de abrigo a refugiados e a aliados que trabalharam com o governo americano ao longo das duas décadas de ocupação militar no Afeganistão. São citadas empresas como Billion Mile Challenge, Airbnb, Google e Starbucks.

Na quinta (28/10), os Estados Unidos e o reino do Bahrein, Estado soberano insular do Oriente Médio, deram uma declaração conjunta, reconhecendo o papel de parceria no combate aos crimes no mercado de artes e antiguidades, ao mesmo tempo em que fortalecem “práticas comerciais responsáveis” e o “intercâmbio cultural” entre os países.

Ainda na quinta-feira, o secretário de Estado anunciou sanções a três libaneses, incluindo o membro do Parlamento libanês Jamil Sayyed, por participação em atos corruptos e por exploração de posições oficiais para benefício próprio. A ação se concentrou na crise econômica e política no Líbano e o comprometimento estadunidense com o país, para o qual já mobilizou, em 2021, US$ 400 milhões em assistência humanitária e mais de US$ 200 milhões para segurança.

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou, na quinta-feira (28/10), que os Estados Unidos buscam uma “frente unida” com a Europa no acordo nuclear com o Irã, depois de quatro anos de divisão entre os países sobre este tema. O assunto deve ser retomado com os líderes de França, Alemanha e Reino Unido durante o encontro do G20 no sábado (30/10), em Roma, e na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-26), que iniciará em 1º de novembro, em Glasgow.

Iran and U.S. Agree on Path Back to Nuclear Deal - The New York TimesLars Ternes/Delegação da UE em Viena, via Getty Images)

No mesmo dia, a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional (NSC, na sigla em inglês) anunciou a iniciativa do governo americano em prover mais US$ 144 milhões para assistência humanitária no Afeganistão. A ação se deve ao baixo estoque de suprimentos hospitalares, à má nutrição, à seca e à proximidade do rigoroso inverno. A quantia será destinada às organizações humanitárias independentes e a parceiros vizinhos do país. Com essa ação, o governo americano totaliza, em 2021, em torno de US$ 474 milhões em assistência ao Afeganistão.

Na sexta (29/10), o Departamento do Tesouro americano designou mais seis alvos – duas entidades e quatro indivíduos – envolvidos na “maligna influência e atividades” do Irã, incluindo a proliferação de Veículos Aéreo Não Tripulados (UAV, sigla em inglês), que poderiam “ameaçar os interesses dos Estados Unidos”. Essas novas sanções, aplicadas inclusive contra membros do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica, influenciam a possível retomada do acordo nuclear iraniano de 2015, o chamado Plano de Ação Conjunta Abrangente (JCPOA, na sigla em inglês). O Irã concordou em retomar as negociações em Viena, mas ainda não se comprometeu com uma data. Desde o início da semana, os Estados Unidos se declaram, por sua vez, céticos quanto à retomada das negociações.

Política Doméstica, por Augusto Scapini

Nessa semana, o ex-presidente Donald Trump entrou com um processo judicial contra a intimação entregue neste mês pelo Comitê da Câmara de Representantes responsável pela investigação da invasão ao Capitólio, ocorrida em 6 de janeiro deste ano. A intimação requisitou a entrega de documentos oficiais da Casa Branca, detidos pelo Arquivo Nacional, a fim de encontrar informações relacionadas ao ataque. Trump alega que os documentos requisitados estão protegidos por privilégios executivos, afirmando ainda (e mais uma vez) que a investigação do Comitê é uma “caça às bruxas”. Tanto os representantes (deputados) do Comitê quanto o atual presidente Joe Biden defendem que a busca por informações deve estar acima dos privilégios judiciais. Uma audiência para considerar as alegações de Trump foi marcada para o próximo dia 4. Enquanto isso, o Comitê concedeu breves adiamentos aos aliados de Trump que serão interrogados. Os representantes também planejam intimar um dos ex-advogados de Trump, John Eastman, acreditando que este contribuiu para os esforços de tentar subverter os resultados das eleições.

Sobre as eleições de meio de mandato de 2022 (midterms), um artigo publicado pelo site The Hill afirma que progressistas acreditam que as concessões feitas por Biden em relação aos planos climáticos e de infraestrutura, além das quebras de promessas de mudança social, podem afetar o apoio dos grupos liberais (no sentido político) ao Partido Democrata.

Saúde, por Natália Silva Constantino

Na sexta-feira (29/10), a Food and Drug Administration (FDA) – a agência reguladora americana do setor de alimentos e remédios – autorizou o uso emergencial da vacina da Pfizer/BioNTech para menores de 5 a 11 anos. As crianças receberão uma dose mais baixa do que a usual, pois essa é formulada na proporção de um terço da utilizada para pessoas com 12 anos, ou mais. A autorização do uso da vacina anticovid-19 para essa faixa etária tornou 28 milhões de crianças dos Estados Unidos elegíveis para recebê-la e pode significar um grande passo para o retorno à vida normal no país. Apesar de o comitê da FDA ter concluído que há mais benefícios do que riscos para as crianças ao tomarem a vacina, muitos pais seguem, porém, relutantes e preocupados com a forma como isso pode afetar seus filhos. Durante a conferência de sexta-feira, a comissária da FDA, dra. Janet Woodcock, ratificou que “como mãe, se eu tivesse filhos pequenos nesta faixa etária, iria vaciná-los agora”, e completou: “não gostaria de correr o risco de que eles fossem um dos que podem vir a desenvolver covid, síndrome inflamatória multissistêmica, ou serem hospitalizados pelo vírus”.

As taxas de casos da covid-19, hospitalizações e mortes caíram significativamente nos EUA desde a onda impulsionada pela variante Delta, altamente contagiosa, que atingiu seu pico em setembro passado. Segundo o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, os casos de covid-19 diminuíram em 60%. Ainda assim, o número de casos permanece alto e, com o frio do inverno (verão no Brasil) se aproximando no hemisfério norte, não é hora de se sentir confortável com a posição do país, advertiram os principais especialistas em saúde.

Sudão, por Eduardo Mangueira

Na segunda-feira (25/10), ocorreu no Sudão um golpe de Estado, cometido por forças militares comandadas pelo general Abdel Fattah al-Burhan. O governo civil foi dissolvido, e seus líderes políticos, presos. Além disso, voos internacionais estão suspensos; veículos da imprensa estatal foram invadidos; e a Internet no país, desligada. Em discurso, o general Al-Burhan justificou o golpe pela necessidade de manutenção da ordem e para impedir uma “guerra civil”.

O golpe se deu em um momento de alta tensão entre os militares e os civis participantes do governo transitório, desde a derrubada do líder autoritário Omar al-Bashir, em 2019. O primeiro-ministro deposto, Abdalla Hamdok, resistia às pressões dos militares para dissolução de seu gabinete, até ver o  governo ser tomado à força. Uma série de protestos e greves gerais se espalhou pelo país, exigindo a volta de Hamdok ao poder e o retorno à democracia. As manifestações foram duramente reprimidas com o uso de munição letal, e mais de 13 pessoas morreram.

A comunidade internacional reagiu, fazendo uma ampla condenação do golpe. ONU, União Africana, União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos exigiram a liberdade dos líderes políticos presos e a reinstauração de Hamdok no poder. Os Estados Unidos, cujo aviso ao Exército sudanês contra esse tipo de iniciativa foi ignorado, não receberam notificação prévia sobre a ação. Os EUA se colocaram a favor dos protestos pró-democracia, exigindo o respeito aos direitos humanos da população e o retorno à democracia. Além disso, Washington congelou a assistência de US$ 700 milhões destinada a auxiliar na transição democrática no Sudão.

Tecnologia, por Natália Silva Constantino

Na quinta-feira (28), o fundador e CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que a empresa está mudando seu nome para Meta. A mudança foi acompanhada por um novo logotipo corporativo, projetado como um símbolo em forma de infinito ligeiramente torto. Facebook e outros aplicativos, como WhatsApp e Instagram, permanecerão com o mesmo nome e logotipo, mas agora estarão sob o guarda-chuva da Meta. Esse rebranding pode ser parte do esforço para melhorar a reputação da rede, depois de uma série de problemas que vieram à tona, incluindo desinformação em suas plataformas, falhas na moderação de conteúdo e revelações sobre o efeito negativo de seus produtos na saúde mental de alguns usuários.

Metaverso, por Zuckerberg

A mudança de nome foi anunciada durante a conferência virtual Facebook Connect e se alinha com seu crescente foco no metaverso, ou seja, os esforços para combinar tecnologias de realidade virtual e aumentada em um novo terreno on-line. “Hoje somos vistos como uma empresa de mídia social, mas, em nosso DNA, somos uma empresa que constrói tecnologia para conectar pessoas. E o metaverso é a próxima fronteira, assim como as redes sociais eram quando começamos”, declarou Zuckerberg no mesmo dia.

 

Primeira revisão: Rafael Seabra. Edição e revisão final: Tatiana Teixeira.

Assessora de Imprensa do OPEU e do INCT-INEU, editora das Newsletters OPEU e Diálogos INEU e editora de conteúdo audiovisual: Tatiana Carlotti. Contato: tcarlotti@gmail.com.

 

 

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