Conseguir implantar sua versão atualizada do pacto keynesiano não será, contudo, tarefa fácil. Além de herdar um dos maiores déficits da história norte-americana, algo em torno de US$ 3 trilhões, Biden enfrenta o fogo amigo democrata e a tradicional resistência republicana a propostas que demandam um maior gasto do Estado, em especial na área social.

Assim, da campanha eleitoral — quando prometeu fazer um pesado investimento em infraestrutura, no parque industrial americano, em inovação e tecnologia e em um modelo econômico mais “verde” e sustentável, criando empregos e adotando programas de benefícios sociais — à realidade do governo, há uma grande distância. Com toda sorte de entraves. Diante dessa conta difícil de fechar, Biden vem pressionando pela taxação dos super-ricos, com uma agenda indigesta para o 1% que manda no mundo.

O cenário acima é apresentado e analisado por Filipe Almeida do Prado Mendonça, professor de Relações Internacionais na Universidade Federal de Uberlândia (IERI-UFU), em sua participação neste 13.º Diálogos conduzido pela professora Tatiana Teixeira (INCT-INEU/IRID-UFRJ).

Diálogos INEU é produzido pelo INCT-INEU, rede que agrega mais de 100 pesquisadores de diversas universidades, todos especialistas em diferentes subáreas dos Estudos sobre os Estados Unidos. Nossos programas são quinzenais e acontecem às quintas, às 19h, no nosso canal do YouTube.