Relatório do uso indevido de email afeta campanha de Clinton

A pré-candidata Hillary Clinton voltou a enfrentar problemas pelo uso indevido de emails oficiais quando foi secretária de Estado no primeiro governo Obama. Um relatório do Departamento de Estado, divulgado no dia 25, revelou que Clinton nunca pediu autorização para usar email pessoal e servidor particular para envio ou recebimento de mensagens oficiais. O inspetor geral do Departamento disse que, mesmo em caso de solicitação, a permissão jamais teria sido concedida. A revelação desmente os argumentos de Clinton sobre não violação de regras. Para os críticos, além de ser estranho um membro da alta hierarquia do governo usar meios particulares para tratar de questões de Estado, a atitude colocava em risco a segurança nacional. Em 2011, Clinton foi alertada pelo Departamento sobre a importância da cibersegurança. Uma investigação paralela do FBI constatou que Clinton usou servidor e email pessoal em dezenas de mensagens sigilosas, sendo 22 altamente confidenciais recebidas da CIA. A questão afeta a pré-candidata em um dos seus pontos mais frágeis: uma pesquisa de março mostrava que apenas 37% da população a consideravam confiável. O relatório esquenta a controvérsia no momento em que a democrata entra em fase crítica da campanha. Apesar de ter a nomeação praticamente garantida em termos matemáticos, Clinton tem sofrido desgaste na disputa intrapartidária com Bernie Sanders. Isso a coloca em certa desvantagem diante de Donald Trump, que há algumas semanas tornou-se o único pré-candidato republicano. Algumas pesquisas recentes já apontam que Trump e Clinton estão em empate técnico para as eleições gerais de novembro.

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